Selo comemorativo do Marechal Rondon é lançado no Mackenzie
O Centro Histórico e Cultural Mackenzie foi palco do lançamento do selo em comemoração aos 150 anos de nascimento do Marechal Candido da Silva Rondon, um grande herói brasileiro.
O evento, organizado pelo Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), em parceria com os Correios e a Febraf (Federação Brasileira de Filatelia), contou com a participação de autoridades das instituições e convidados. A sextilha de selos, com dois milhões e quatrocentos mil unidades impressas pela Casa da Moeda, foram lançados oficialmente no dia 4 de maio, no Ministério das Comunicações, em Brasília. Além da cidade de São Paulo, os selos comemorativos também serão lançados nas cidades do Rio de Janeiro (local onde Rondon estudou) e Cuiabá (capital do estado onde nasceu).
A abertura do evento contou com a participação do coral de crianças do Colégio Mackenzie São Paulo e o encerramento coube ao coral infantil da unidade de Tamboré. A participação dos colégios também se deu com a presença de alunos dos clubes filatélicos de São Paulo e Tamboré.
No decorrer da cerimônia, foram efetuadas obliterações com carimbos dos novos selos, feitas pelas seguintes autoridades: Maurício Melo de Meneses, presidente do IPM e sua esposa, Ramilza Bucair Meneses; Benedito Guimarães Aguiar Neto, reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie; general de exército João Camilo Pires de Campos, comandante militar do sudeste; o major brigadeiro do ar Marelo Kanite Damasceno, comandante do 4º Comando Aéreo Regional; capitão de corveta Claudio Silviano, representando o vice-almirante Lima Filho; Reinaldo Estevão Macedo, presidente da Federação Brasileira de Filatelia (Febraf); José Francisco Hintze Júnior, primeiro secretário do Conselho Deliberativo do IPM; Fernando Sabadin e Mayara Lopes, representantes da Editora Abril.
“A peça filatélica circulará no Brasil e no exterior, propagando, por meio da imagem e da legenda, o tema que originou sua criação”, explicou Sebastião Sergio de Souza, gerente de vendas dos Correios de São Paulo Metropolitana, autoridade que conduziu a obliteração dos selos.
Ao discursar, o general Campos destacou a perseverança de Rondon, nascido em ambiente extremamente carente e que, com sua dedicação e força de vontade galgou os postos mais altos e participou de fatos históricos do Brasil. “É gratificante vermos essa homenagem feita aqui no Centro Histórico, templo de cultura de uma grife tão importante como a do Mackenzie, reconhecida por todo o país”.
O presidente da Febraf, Reinaldo Macedo, resumiu historicamente a origem dos selos postais e sua importância na história mundial. “Precisamos incentivar e propagar a prática da filatelia, nos moldes do que já existe na Europa e Estados Unidos. O Mackenzie já iniciou essa prática com os Clubes Filatélicos, criados nos três colégios da Instituição. As crianças serão o futuro da filatelia no Brasil”.
No encerramento, o presidente do Mackenzie, Maurício Meneses, falou de sua alegria em relação ao evento. “Admiro e divulgo, sempre que possível, a vida e obra de Rondon, grande brasileiro, o qual, infelizmente, não é reconhecido como deveria. Há cinco anos ajudei a montar a primeira exposição de Rondon em Cuiabá e, de lá para ca, incentivei outras exposições aqui no Mackenzie, sempre com o intuito de divulgar os feitos desse grande brasileiro”, finalizou.
Sobre o Rondon
Nascido em 5 de maio de 1865, em Mimoso, Mato Grosso, Cândido Mariano da Silva foi um grande estudioso brasileiro – além de matemático por formação – e pode ser considerado cientista, antropólogo, geógrafo e etnólogo.
Por conta de suas publicações foi possível conhecer detalhadamente um Brasil de diversidades na fauna e na flora. Os feitos de Cândido Rondon chegaram a terras distantes de tal forma que Theodore Roosevelt, ex-presidente dos Estados Unidos veio ao país para participar, com o colega brasileiro, de uma expedição de pesquisa científica cuja missão era coletar amostras da fauna e da flora da Região Amazônica.
Rondon também foi o responsável por implantar as linhas telegráficas de Mato Grosso a Goiás, chegando até Porto Velho, na Rondônia, além de construir uma estrada ligando Cuiabá a Goiás. Foi o único brasileiro a ser indicado, por duas vezes, ao Prêmio Nobel da Paz, resultado de sua obra internacionalmente reconhecida.
Por esses feitos, ele é considerado o Patrono das Comunicações no Brasil.
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